Estando em Santiago, capital do Chile, as opções de conhecer melhor a região em uma viagem de um dia são infinitas.
Os visitantes podem buscar, por exemplo, pelas montanhas do Valparaíso, pelas praias de Viña del Mar ou pelas estações de ski do Vale Nevado, como a maioria dos brasileiros faz, já que a neve é algo exótico para muita gente.
Em parceria com a Expedia Brasil, vou mostrar um pouco mais sobre a história e o desenvolvimento artístico de Valparaíso e o balneário mais famoso do Chile, Viña del Mar.
O turismo em Valparaíso
Valparaíso é uma cidade portuária composta por 42 morros e colinas de características únicas.
É o terceiro maior município em tamanho e população do Chile e também a sede da capital legislativa. Tem um peso histórico, político e econômico muito grande no país.
Por volta de 1535, os espanhóis fizeram o primeiro contato com as terras e as batizaram com este nome.
Com o passar dos anos, principalmente durante a Idade do Ouro, começaram a aparecer ingleses, alemães e italianos, que estabeleceram as suas residências nos morros mais altos, para terem as melhores vistas da região.
Todas estas culturas deixaram legados importantíssimos para o desenvolvimento arquitetônico, cultural e educacional da cidade.
O século XX começou com muito sangue, violência e protesto.
Em 1903, brigas de teor trabalhista resultaram na queima de diversos escritórios e mortes.
Três anos depois, um terremoto arrasador (o que é muito frequente por lá) causou danos e um grande custo para os chilenos, pois mais de 20 mil pessoas ficaram feridas, além de muitos cidadãos terem perdido os seus familiares.
No final do século, sob o domínio de Augusto Pinochet, a cidade foi o centro das ações do regime militar.
Nesta época, tinha toque de recolher para toda a população, inclusive para visitantes da região.
Para concluir, como se mais nada de ruim tivesse para acontecer, uma forte recessão local obrigou muitas fábricas e pequenas empresas a fecharem.
Ao longo destes 100 anos, a população, diante de acontecimentos tão negativos, começou a se mudar para outras cidades, como Viña del Mar e Santiago.
Por sorte, a Fundação Valparaíso começou a executar projetos de reabilitação nos bairros, melhorou a infraestrutura turística e passou a trazer grandes festivais de música e arte, reacendendo a chama dos moradores e o interesse turístico por Valparaíso.
Depois desta história, o quê há de interessante para fazer em Valparaíso?
Bastante coisa. Vamos lá.
1- Os mirantes do Cerro Alegre e Concepción: um dos lugares onde os europeus se instalaram é bem bonito.
Posso estar falando uma tremenda besteira, mas me lembrou muito o Bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro.
Ali tem uma boa vista para o mar, pequenos comércios com estilo artesão, o ar é mais fresquinho (e limpo) e a arquitetura das mansões é bem interessante, pois as casas são bem coloridas (algumas até têm pequenos museus abertos para visitantes).
2- Paseo Gervasoni (em Cerro Concepción): o que me fez ir até Valparaíso, e talvez até mesmo a fazer este tour todo de um dia, foi a possibilidade de visitar as ruelas que circundam a Paseo Gervasoni (uma outra via colorida).
Eu sempre gostei muito de street art, assuntos voltados à sustentabilidade e as manifestações artísticas, todas cheias de significados e cores.
É muito bacana andar por lá e ver como a sociedade integra e interpreta assuntos tão distintos.
3- Caminhada por El plan: a parte baixa de Valparaíso, com edifícios históricos.
Nesta parte da cidade será possível entender tudo isto que escrevi no começo do post sobre a história, política e evolução.
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4- Elevador para o topo dos cerros: os morros são bem íngremes, o que dificulta a caminhada para muita gente.
Por Valparaíso, tem diversos elevadores, com diferentes níveis de inclinação, que, de forma barata, permitem a locomoção sem tonificar as pernocas (risos).
São bem antigos, mas além de serem eficientes, a vista da cidade pode ser interessante durante o trajeto.
5- Casa La Sebastiana: era uma das residências do Pablo Neruda e hoje é um museu.
Lá dentro tem pinturas, mapas, retratos e uma bonita vista para a cidade.
A visita permite se aprofundar no universo do poeta e dos seus hábitos em Valparaíso. Interessante para quem gosta de poesia e arte. Fica no cerro Florida.
Não recomendo!
- Ir às praias de Valparaíso: a região é portuária e não tenho certeza se a qualidade da água é boa.
Se quiser ir à praia, vá a cidade vizinha, Vinã del Mar.
- Conhecer o porto: sinceramente, não achei muito interessante.
O que mais vi de diferente ali foram os leões marinhos descansando.
- Sair andando sem rumo e a qualquer hora do dia.
Se for sozinho, vá apenas às partes turísticas mencionadas acima. O meu guia me deu esta orientação durante o passeio e repasso a vocês.
Ainda pode ser perigoso, devido ao passado político (e econômico).
Vinã del Mar
Fiquei muito curiosa para saber, porque tantos chilenos e argentinos andam comprando residências de veraneio em Vinã del Mar.
Logo que cheguei lá, descobri que a cidade é tida como um grande balneário e que foi muito impulsionada pela aristocracia no século XX.
Residências de luxo começaram a ser construídas, infraestruturas passaram a ser desenvolvidas, tudo pelo prazer do banho de mar.
No Cerro Castillo está o Palácio Presidencial instalado desde 1929.
Na cidade tem atrações interessantes para os mais afortunados, como o Casino Vinã del Mar, spas sofisticados e o Valparaíso Sporting Club, um dos mais renomados clubes hípicos do país.
Muita gente diz que Viña del Mar é a cidade irmã de Florianópolis e munida desta informação fui até o Balneário de Reñaca, o mais visitado da cidade, para tirar as minhas conclusões.
Achei a areia bem escura (não muito macia) e o mar era gelado.
Pensei muito a respeito sobre esta comparação e a minha conclusão é que o comércio praiano na avenida beira-mar talvez tenha algumas semelhanças, ou talvez o perfil de consumo do visitante seja similar.
As praias, definitivamente, não me pareceram ter semelhanças.
Gostei muito de conhecer o Relógio de Flores, próximo da praia de Caleta Abarca, construído para dar boas-vindas à Copa do Mundo de 1962.
Ali perto tinha um jardim cheio de repolhos, algo que nunca vi na minha vida e em lugar nenhum do mundo.
Era bem bonito e cuidado, só o cheirinho que não era dos melhores (risos).
Falando em jardim, soube que tem um jardim botânico bem bonito lá, com mais de 3000 tipos de plantas.
Se você gostar do assunto, pode ser interessante conhecer.
Outro lugar interessante que visitei foi o museu e o Palácio Wulf.
Logo de fora a visita já fica bem interessante, pois o Palácio está cheio de fissuras causadas pelos terremotos rotineiros no país (algo que o chileno até brinca e diz nem sentir tanto no dia a dia).
Além disso, pude ver bem de perto um Moai de 800 mil anos, a única cabeça de pedra que está fora da Ilha de Páscoa.
*Post patrocinado pela Expedia Brasil.
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